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16/08/2024ㅤ Publicado às 19:57

O Dia Nacional do Patrimônio Histórico, celebrado no dia 17 de agosto, homenageia o historiador e jornalista mineiro, Rodrigo Melo Franco de Andrade, maior responsável pela consolidação jurídica do tema Patrimônio Cultural no Brasil. Ele foi o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) – de 1937 a 1967.

A data foi criada no Brasil em 1998, centenário de Rodrigo Andrade. Para celebrar a data, o CAU/MS compilou as principais informações do patrimônio histórico material de Mato Grosso do Sul. São nove edificações nos municípios de Campo Grande, Corumbá, Bonito, Ponta Porã e Porto Murtinho. Confira:

Complexo Ferroviário – Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

Localizado no centro de Campo Grande, o complexo ferroviário da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (EFNOB) foi tombado pelo Iphan, em 2009. São 135 edifícios em alvenaria e madeira, erguidos em datas diferentes a partir da ampliação das atividades da ferrovia, e ainda mantém parte dos trilhos que não foram retirados da área urbana da capital do Estado de Mato Grosso do Sul. O complexo teve importante papel geopolítico e de integração nacional, aproximação política e econômica do sul do Estado com São Paulo.

Igreja São Benedito – Comunidade Tia Eva

Segunda edificação religiosa mais antiga de Campo Grande, a construção de 1906 utilizou a técnica de pau-a-pique, e somente em 1919 o material foi substituído por alvenaria.

O interior da igrejinha é composto por um altar mais elevado, onde está colocada a imagem de São Benedito esculpida em madeira trazida por tia Eva. A igreja foi tombada pelo município de Campo Grande, em 1996, e pelo Estado, em 1998.

Conjunto Histórico, Arquitetônico e Paisagístico de Corumbá

O tombamento do conjunto histórico, arquitetônico e paisagístico de Corumbá ocorreu em 1993. Construída em 1869 sobre o sítio da antiga Vila de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, a cidade está ligada às tradições pantaneiras e à definição da atual fronteira oeste do País. O perímetro tombado engloba 119 edificações do conjunto urbano e três mil na área do entorno.

Forte de Coimbra

Construído às margens do rio Paraguai, em Corumbá, na fronteira com a Bolívia e o Paraguai, no século XVIII, a edificação pertencia a uma rede de fortificações de defesa das fronteiras e demarcação do território. O conjunto de edificações do Forte reúne a capela, a casa de pólvora, um alojamento, pátios internos e a muralha com os baluartes. O Forte de Coimbra foi tombado em 1974.

Instituto Luiz de Albuquerque

O Instituto Luiz de Albuquerque, mais conhecido como ILA, está localizado no Centro Histórico de Corumbá. O imóvel foi construído, entre 1918 e 1922, para abrigar a sede de um grupo escolar. Atualmente, abriga um importante acervo histórico, duas das maiores bibliotecas do Estado e a Fundação de Cultura de Corumbá.

Grutas de Bonito

Em 1978, o Iphan realizou o tombamento das grutas de Bonito, compostas pela Gruta do Lago Azul (localizada na Fazenda Anhumas) e a Gruta de Nossa Senhora Aparecida (na Fazenda Jaraguá). Incrustradas em uma paisagem natural de rios de águas transparentes, as grutas integram um circuito de turismo ecológico. A gruta do Lago Azul (foto) é aberta à visitação, através das agências credenciadas, e a profundidade equivale a um prédio de 12 andares.

Castelinho

O “Castelinho da Fronteira” foi construído entre 1926 e 1930, em Ponta Porã. Foi a base governamental na fronteira erguido próximo à antiga estação Noroeste do Brasil. Em 1940 passou a abrigar a cadeia pública e o quartel da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar. O tombamento ocorreu em 2008 e, atualmente, o prédio passa por restauração.

Prefeitura e Padaria Cuê

Recém tombada pelo IPHAN, a Prefeitura Cuê, construída na década de 1930, apresenta influências neoclássicas e traços do estilo colonial brasileiro. Localizado de frente para o Rio Paraguai, o edifício funcionava como Centro Administrativo que comandava o movimento fiscal do Porto. O prédio foi restaurado em 2006 e atualmente abriga a sede da Prefeitura Municipal de Porto Murtinho.

A Padaria Cuê é uma construção de 1928 que exibe elementos da arquitetura industrial trazida da Europa e da América do Norte para o Brasil, com fachada em tijolo cerâmico queimado. Em 1978, foi entregue ao estado de Mato Grosso como forma de pagamento de dívidas da cooperativa Florestal S/A. Desde 2004, passou a ser domínio da Prefeitura Municipal de Porto Murtinho, abrigando o Museu Dom Jaime Aníbal Barrera. A edificação foi tombada pelo IPHAN em 2024.

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