CAU/MS recebe 40 profissionais no Seminário de Políticas Urbanas e Ambientais
Profissionais, gestores e representantes do poder público participaram dos debates
13/12/2017 – O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul realizou nos dias 7 e 8 de dezembro o I Seminário de Políticas Urbanas e Ambientais de Mato Grosso do Sul, quando recebeu profissionais do CAU/BR e de outros estados para debates sobre o desenvolvimento urbano pautado na Nova Agenda Urbana.
Representantes da Prefeitura Municipal de Campo Grande, de prefeituras do interior, da Câmara Municipal, Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional MS, Casa da Indústria – Fiems e do Pacto Juntos por Campo Grande participaram da abertura. No início da programação, a Comissão de Políticas Urbanas e Ambientais do CAU/BR apresentou a Nova Agenda Urbana e como atuam para promover a iniciativa.
Alguns dos tópicos apresentados foram governança urbana, planejamento urbano e monitoramento cidadão. A CPUA, coordenada pela arquiteta e urbanista Lana Jubé, tem a finalidade de zelar pelo planejamento territorial, defender a participação dos arquitetos e urbanistas na gestão urbana e ambiental, e estimular a produção da Arquitetura e Urbanismo como política de Estado.
A Comissão de Políticas Profissionais (CPP-CAU/BR), coordenada por Sanderland Ribeiro, tem a função de propor, apreciar e deliberar sobre diretrizes para implementação e difusão de ações visando a valorização profissional e ações e procedimentos voltados à ATHIS (Assistência Técnica em Habitações de Interesse Social).
O arquiteto e urbanista José Alberto Tostes, conselheiro federal do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amapá, apresentou a palestra “A Nova Agenda Urbana e os desafios de sua aplicação”, destacando o Projeto IPPA (Incubadora de Políticas Públicas da Amazônia Legal).
Segundo Tostes, a implementação do IPPA levou diversos benefícios à população da região, como projetos de educação ambiental, ações relacionadas aos graves problemas de saneamento ambiental e a parceria entre estados e municípios para mitigar os problemas de curto e longo prazo.
O arquiteto e urbanista Celso Costa, conselheiro federal do CAU/MS, destacou que “para entender o futuro, temos que olhar para cada passo dado no passado. Tudo o que se cria muda os hábitos de quem vive nas cidades”, disse, referindo-se às inovações tecnológicas.
A coordenadora da Comissão de Exercício Profissional do CAU/MS, Giovana Sbaraini, cita “a importância de entendermos a realidade de cada local, analisar os índices quantitativos e qualitativos dos municípios para o desenvolvimento das propostas a serem implantadas, seguindo a Nova Agenda Urbana como diretriz para termos cidades mais justas para todos.”
Revitalização
O Programa Viva Campo Grande II – Reviva Centro foi o destaque do evento na última sexta-feira. A diretora de Projetos Estratégicos da Secretaria de Governo e Relações Institucionais da prefeitura de Campo Grande, Catiana Sabadin Zamarrenho, explicou em detalhes quais mudanças serão realizadas em 2018 na Rua 14 de julho.
O secretário de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) e conselheiro do CAU/MS, José Marcos Fonseca, afirmou que a pauta do evento mostrou o que está acontecendo no mundo em planejamento e desenvolvimento das cidades. “A Nova Agenda Urbana é um modelo a ser seguido e buscamos nos aproximar cada dia mais dela. A revitalização no Centro vai resgatar vários aspectos, vai revigorar a área central”.
O tempo estimado para execução da obra é de 20 meses – média de dois meses por quadra. “Um investimento de US$ 30 milhões será aplicado desde a Avenida Fernando Corrêa até a Avenida Mato Grosso, e contemplará também vias transversais, como a Barão do Rio Branco e a 15 de novembro”, explicou Catiana.
Em seguida, foi realizada uma visita técnica ao local, conduzida pelo arquiteto e urbanista Cristiano Almeida, consultor do projeto. “Cada etapa do programa vai interferir positivamente na vida das pessoas, empresários e moradores da região, e o resultado vai refletir em melhor qualidade de vida, movimentação da economia, mais segurança e mobilidade”, exemplificou.
A coordenadora da CPUA, Lana Jubé, frisou que os projetos para as cidades não devem ser feitos apenas para o cidadão, mas com o cidadão. “Vamos continuar projetando cidades pensando nos pedestres, sem deixar de pensar nos veículos, mas também, sem esquecer que nascemos sobre duas pernas”.